Alguns seriados ao encerrar suas temporadas nos deixam pensando “o que farão na próxima”? Pois fica parecendo que todos os recursos se esgotaram e não há mais nada para explorar. Principalmente quando não usam dos famosos cliffhangers, como são conhecidos os ganchos utilizados nos últimos episódios e que adicionam mais suspense e ansiedade para a nova temporada.
Basicamente o caso da 1º temporada de Orphan Black, que apesar de ter terminado de forma intrigante, parecia que sua trama não teria mais caminhos a seguir… Ledo engano. Mais uma vez, fomos pegos de surpresa.
!!!Spoilers à frente. Siga por sua conta e risco!!!
Após descobrir que Mrs. S (Maria Doyle Kennedy) sumiu junto com a sua filha, Sarah entra em desespero sem saber o paradeiro das duas ou por onde começar. Mas, ela não terá muito tempo para respirar, pois deve lidar com um novo inimigo que surgiu e ele possui um rosto bem familiar: o seu. Rachel, outra clone, é a diretora do Instituto Dyad e exige que Sarah, Cosima e Alisson assinem contratos se entregando ao instituto e concordando com futuras pesquisas. Obviamente, Sarah se recusa a tal feito e terá um longo caminho pela frente se quiser fugir das garras de Rachel, sua ‘irmã malvada’. Só que antes que isso aconteça, ela irá desvendar mistérios do passado de sua madrasta, encontrar o criador de todas, reatar a relação com o pai de Kira e até mesmo conhecer um novo clone. E se tudo isso não fosse complicado o suficiente, há ainda a chegada de outro grupo bastante interessado nas meninas, os Proletheans.
O primeiro episódio dessa nova temporada trás algumas revelações, como o surgimento dos Proletheans, a seita religiosa que foi apenas mencionada na temporada passada e era representada por Tomás, o homem que cuidava de Helena. Com mais um inimigo na jogada, o leque de situações e acontecimentos se expandiu de forma absurda, dando mais gás ao seriado. Além disso, questões deixadas em suspenso anteriormente, voltam a ser abordadas e respondidas objetivamente, sem qualquer levianidade. Como por exemplo, a revelação por trás da gravidez de Sarah e as razões pelas quais ela ter sido a única a conseguir engravidar.
Outros personagens ganharam mais profundidade e tempo para desenvolver problemas pessoais, acrescentando pequenos plots divertidos e significativos à trama como a doença de Cosima, sua relação com Delphine, a loucura de Alisson e seus problemas conjugais com Donnie. Elementos esses que se tornaram fundamentais nessa segunda temporada para que a história desse uma respirada e caminhasse sem se arrastar.
Tatiana Maslany continua entregando atuações incríveis ao interpretar tantos personagens, e o mais surpreendente é como ela cria uma atmosfera ao redor de cada um deles, desconectando-os dela e fazendo com que o espectador passe a enxergá-los como indivíduos e crie empatia por eles. A pequena Skyler Wexler também merece congratulações, vem fazendo um ótimo trabalho.
No entanto, o novo clone, que aparece brevemente, foi uma péssima jogada e serviu apenas para criar um elo entre a investigação da Beth com o desfecho dessa temporada. Havia outras formas de apresentar a nova evidência, sem a necessidade de introduzir outro personagem.
Já o roteiro, não poderia estar mais assertivo. É assombroso como os criadores John Fawcett e Graeme Manson continuam inovando e mostrando que apesar de parecer ser um plot simples, é na verdade muito mais complexo do que parece. Como brincar com uma Matryoshka (famosas bonecas russas) cada vez que tiramos uma boneca, aparece outra dentro.
Contudo, a segunda temporada de “Orphan Black” está sensacional e corrobora ainda mais para a teoria de que quanto menos episódios tem uma série, mais chances tem de ser melhor desenvolvida e produzida . Nesse caso, menos episódios acabam significando mais qualidade de entretenimento. E com um gancho perfeito no final, só deixará os espectadores ainda mais curiosos.
gente, e o mike como boy clones… não era ele que tava casando com a gracie? Não entendi nada.. fiquei confuso, alguém me explica? kkk