Game of Thrones é mais do que a nova série épica da HBO, é todo um universo criado a partir de uma série literária “As Crônicas de Gelo e Fogo” (A Song of Ice and Fire), do escritor americano George R.R Martin.
Como C.S. Lewis ou J.R.R. Tokien, Martin buscou na fantasia medieval inspiração para desenvolver sua aventura, mas ao contrário dos autores citados, trouxe também o realismo histórico para criar uma trama madura que envolve intrigas, adultério e outros jogos de poder do universo adulto.
Ambientado principalmente nos Sete Reinos de Westeros, Game of Thrones (A Guerra dos Tronos, na tradução da Editora LeYa) é o primeiro de sete volumes programados pelo autor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Centrado na casa Stark, segue os acontecimentos que levarão os reinos novamente a luta pelo comando dos Sete Reinos quatorze anos após a paz conquistada por Robert Baratheon.
Confira abaixo os quinze minutos de prólogo divulgados pela HBO:
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Épico, não? Uma série para entrar na história não só pelos vinte cinco milhões orçados da primeira temporada, mas também por trazer pela primeira vez com convicção um universo mágico para a televisão. Infelizmente, mesmo com ambientação magnífica e excelentes atores ainda é preciso fazer uma grande ressalva, uma velha ressalva que todos deveriam ter para sí quando lidam com uma obra transita para outro formato. Estou falando das perdas na adaptação.
Nos quinze primeiros minutos exibidos pela HBO, que compreendem o prólogo e metade do primeiro capítulo do livro, já se nota como muito ficará de fora na série televisiva. E não falo isso como uma crítica à HBO ou aos produtores, pelo contrário, quem leu A Guerra dos Tronos percebe como muito é mostrado na série sem ser dito, invariavelmente sendo capturado apenas pelo público dos livros. Considero isto um grande respeito da emissora para com o autor, algo que lembra muito o cuidado que Peter Jackson na adaptação da trilogia O Senhor dos Anéis para os cinemas.
O que fazer? Compre o livro e não perca um episódio da série! Com tudo fresco em sua memória você irá se deliciar – como eu vendo o prólogo – a cada sorriso aparentemente despretensioso mostrado na série, mas que possui todo embasamento na versão literária. Já quanto as liberdades de adaptação, meu conselho é encarar as coisas boas como agradáveis surpresas e as ruins deixar para comentar num papo descrontraído no bar, mas nada de revoltas sem sentido ou você pode acabar como um xiita chato que ninguém gosta de ter por perto.
Comprei o livro e comecei a ler, parece muito bom, mas como tenho mania de parar e ler outro livro acabei deixando, mas irei voltar e terminar de ler.