A importância de The Walking Dead para o canal AMC e até para TV fechada americana pode ser medida pelos números de audiência que arrebatou nessa quarta temporada, chegando a ultrapassar índices da TV aberta no horário de exibição.
Por outro lado, já começa a se perceber um cansaço criativo na equipe de roteiristas da série. Roteiristas estes, que tanto conseguiam manobrar a limitação do plot original da história. A opção por fragmentar os episódios em tramas isoladas de remanescentes do clímax da temporada (principalmente na segunda metade) foi se revelando frágil e redundante, dentro de suas próprias metáforas (o episódio “Alone” é o mais emblemático dessa percepção).
Evidente que os diálogos ainda estão muito bem escritos e os ganchos funcionam. Os méritos continuam, a manutenção do conjunto é que parece não estar resistindo a extensão das temporadas.
O último episódio foi dos piores de toda a série: a fórmula narrativa para a temporada seguinte é fraca e preguiçosa, os flashbacks soaram reiterativos e há a sensação clara de pontas soltas inconclusivas. Os caminhos a percorrer são nebulosos. O que pode ser interessante do ponto de vista da possibilidade de surpreender. Entretanto com o desgaste dessa quarta temporada, a preocupação é tão legítima quanto a tensão que a série ainda suscita. Oremos.
Comente!