Parece mesmo que 2012 vai ser o ano dos super-heróis. Começamos com o blockbuster Os Vingadores, arrebentando bilheterias e ganhando ainda mais fãs, e agora temos um reboot há muito tempo pedido pelos fãs: O Espetacular Homem-Aranha.
Essa versão do diretor Marc Webb, é praticamente baseada na linha Ultimate da Marvel Comics, onde o pai de Peter Parker (Andrew Garfield) trabalha para a Oscorp em um projeto ultra secreto. Peter é muito apegado aos pais, mas tem que ir morar com seus tios Ben (Martin Sheen) e May (Sally Fields) depois que sua casa é invadida e o escritório de seu pai revirado.
Anos mais tarde Peter é um adolescente americano comum e nerd. É desajeitado, não sabe se expressar direito e é vítima do valentão da escola. Tudo parece bem normal, até que acidentalmente Peter encontra uma antiga pasta de seu pai e memórias perdidas retornam. Não saber como seus pais morreram é uma grande tormenta em sua vida.
Determinado a conseguir respostas, Peter vai a torre da Oscorp tentar conversar com o Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), um antigo amigo de seu pai, e dá de cara com sua paixão da escola, Gwen Stacy (Emma Stone) que é pupila do Dr. Connors e estranha a presença dele por lá, mas deixa passar.
Conseguindo fugir da vigilância, Peter entra num laboratório cheio de aranhas e elas o atacam. Ele foge, mas não sem antes ser mordido por uma delas. A picada, faz com que uma transformação ocorra em seu organismo e ele não sabe lidar muito bem com isso. Peter fica mais forte, rápido, sua visão melhora e tudo isso lhe dá uma sensação de segurança enorme. Mas, com isso surgem outros riscos que acabam causando a tradicional morte de seu tio Ben.
Agora ele está obcecado em procurar o assassino de seu tio e passa a enfrentar muitos obstáculos, como o chefe de polícia Stacy (Denis Leary), que está determinado a encontrá-lo. Enquanto isso a pesquisa do Dr. Connor não vai muito bem e ele sofre uma pressão enorme para apressar os testes.
Não encontrando outra saída, acaba por injetar nele mesmo a droga teste e estranhos efeitos começam a acontecer tornando, por fim se transformando no Lagarto. Dominado pelos efeitos da droga, ele tem planos terríveis para os cidadãos de Nova Iorque e claro que somente o Homem-Aranha poderá impedir que algo de ruim aconteça.
Tudo isso graças ao excelente roteiro de James Vanderbilt, que soube exaltar com precisão as nuances dos personagens, principalmente do Homem-Aranha. Todo herói tem um dilema, e muitos o carregam para a vida toda. O de Peter Parker é a eterna culpa pela morte de seu tio aliada a fundamental questão de não saber bem onde se encaixar na sociedade algumas vezes. O medo que ele tem em magoar e ferir as pessoas é enorme, levando sempre a se afastar.
Já Emma Stone ficou um pouco na média. Ela conseguiu acertar na parte em ser uma Gwen divertida e mais descolada, mas pecou na hora do drama. A química entre o casal é ótima e eles juntos ficam adoráveis.
Tudo mais é bônus. Produção, cenários, fotografia, com um destaque especial para a trilha sonora de James Horner que estava de tirar o fôlego. Os efeitos da versão 3D são bons, principalmente na hora dos saltos e da luta, mas não é nada muito chocante. O CG não roubou tanto a cena e mesmo o vilão parecia mais natural e não tão computadorizado.
E não poderia deixar de mencionar a ilustre participação, como sempre, do Stan Lee. Ele soube escolher a hora certa para sua ponta no filme.
Os fãs podem começar a comemorar, pois finalmente o seu amigo da vizinhança ganhou um filme a sua altura. Que venham outros!
[xrr rating= 5/5]
PS: Fiquem até depois dos créditos!
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