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Looney Tunes: o Dia que a Terra Explodiu – anarquia que contagia

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Apesar de já ser nonagenário, o porco Gaguinho está em plena forma. Sim, nonagenário: fez sua estreia em março de 1935, no que era para ser mais um da série de curtas animados em geral em preto e branco Looney Tunes. Gaguinho logo se tornou o mais popular personagem nas telas, e começou a ganhar companheiros: a namorada Petúnia e o amigo Patolino foram criados em 1937. De lá para cá, foram muitas as mudanças no universo dos Looney Tunes, sendo a mais recente uma volta dos personagens às suas maneiras anárquicas dos primeiros desenhos. É anarquia pura o que encontramos no primeiro longa de animação de Gaguinho e Patolino, Looney Tunes: o Dia que a Terra Explodiu.

Nesta versão, Patolino e Gaguinho foram encontrados juntos, ainda bebês, e criados por um fazendeiro como irmãos. Depois que o guardião se foi, passaram a viver numa casa, repartindo os espaços para dar vazão às personalidades diametralmente opostas. Como sempre, Gaguinho é ordeiro e Patolino é anárquico.

Uma noite, um óvni atinge o telhado da casa de Gaguinho e Patolino, mas eles não percebem. Quem percebe é a inspetora de moradias, que dá o prazo de 10 dias para consertarem o telhado, ou a casa será condenada. Eles tentam e fracassam em uma série de trabalhos, até que encontram a cientista suína Petúnia, que os convida a trabalhar numa fábrica de chicletes.

Apossando-se do corpo de um cientista local, um extraterrestre adiciona uma gosma intergaláctica à receita de um novo sabor de chicletes. Quem masca o chiclete vira um zumbi, e caberá ao improvável trio Gaguinho, Patolino e Petúnia salvar o mundo dessa ameaça.

Durante muito tempo, era difícil imaginar como fazer um desenho de sucesso dos Looney Tunes sem o Pernalonga. Nos últimos anos, entretanto, vem ganhando mais destaque a dupla de opostos Gaguinho e Patolino. Aqui acontece inclusive algo praticamente inédito: é Patolino que descobre as loucuras que estão acontecendo, afinal, ele é um lunático e o espaço sideral é seu habitat natural.

Escrito a 22 mãos – são onze os roteiristas creditados, todos homens –, o roteiro traz referências que vão desde os desenhos da Era de Ouro dos Looney Tunes até “Tempos Modernos” de Chaplin. Trata-se da estreia em longas-metragens do diretor Peter Browngardt, que desde 2019 já capitaneia a nova safra de curtas dos Looney Tunes, que se segue à Wabbit, de 2015, focado em Pernalonga, e The Looney Tunes Show, que existiu entre 2011 e 2013 em formato de sitcom e nos legou os memes da “calça de shopping” e da clutch.

Os dubladores brasileiros são um espetáculo à parte, com Marcio Simões e Manolo Rey dublando, respectivamente, Patolino e Gaguinho. Ator, cantor e diretor de dublagem, Marcio Simões, no universo Disney, dublou personagens clássicos como o Gênio de Aladdin e Hades em Hércules. Também com quase 40 anos de carreira, Manolo Rey dublou, entre outros, Will Smith em “Um Maluco no Pedaço” e deu voz ao personagem Mary McFly na trilogia “De Volta para o Futuro”.

Looney Tunes: o Dia que a Terra Explodiu foi um projeto pensado pela Warner para estrear diretamente no streaming da HBO Max. Em 2022, entretanto, uma mudança estrutural na Warner Bros Discovery levou o projeto a ser oferecido para outras distribuidoras. Quando se acertou a estreia nos cinemas em vez de no streaming, o filme se tornou o primeiro totalmente animado dos Looney Tunes a chegar aos cinemas – os anteriores eram mistura de animação com live-action.

As várias reviravoltas justificam o tempo de projeção de 91 minutos, que talvez seja demais para reter a atenção de crianças. Mas nós, marmanjos que crescemos com os Looney Tunes, ficamos grudados na tela do começo ao fim. Deu até vontade de mascar chiclete – sem gosma alienígena, é claro.

NOTA 9 de 10

Looney Tunes: o Dia que a Terra Explodiu – anarquia que contagia

Looney Tunes: o Dia que a Terra Explodiu – anarquia que contagia
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Nota 9/10 Fantástico
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