Billie Eilish, a mais jovem estrela a protagonizar um show no Festival Glastonbury, utilizou seu espaço para protestar contra a decisão da Suprema Corte dos EUA de acabar com o direito constitucional ao aborto.
“Hoje é um dia muito, muito sombrio para as mulheres nos EUA”, disse a jovem de 20 anos no Pyramid Stage.
“Só vou dizer isso porque não aguento mais pensar nisso.”
A estrela então apresentou “Your Power”, uma música sobre homens mais velhos que abusam de sua posição, para todos os afetados pela decisão.
Para quem chegou agora, na sexta-feira, a Suprema Corte dos EUA revogou uma decisão de 50 anos conhecida como Roe v Wade, que garantia o direito ao aborto em todo o país para as mulheres. A decisão significa que milhões de mulheres nos EUA perderão seu direito legal ao aborto, pois muitos dos estados já anunciaram que vão proibir aborto e fazer suas próprias leis sobre isso.
Eilish não foi a única artista em Glastonbury a protestar contra a decisão. No início da noite, a estrela indie-folk Phoebe Bridgers fez uma declaração semelhante durante sua estreia no festival no palco John Peel.
“Esta é a minha primeira vez aqui. É surreal e incrível, mas estou tendo um verdadeiro dia [palavrão]”, disse ela. Bridgers continuou amaldiçoando os “antigos” juízes da Suprema Corte “que tentam nos dizer o que fazer com nossos corpos”.
Voltando à Eilish, como atração solo mais jovem de todos os tempos do Glastonbury, aos 20 anos, a estrela emergiu no palco pouco depois das 22:00, em meio a explosões de ruído branco e subgraves antes de apresentar sua música de abertura, “Bury A Friend”.
Perambulando pelas passarelas do palco e torcendo seu corpo como uma personagem de O Exorcista, ela foi recebida por gritos e muita agitação de seu público. Seu foi focado na turnê “Happier Than Ever”, com destaque para ‘I Didn’t Change My Number’, ‘NDA’ e ‘Billie Bossa Nova’.
Sem dúvidas apenas a primeira apresentação de Billie Eilish no Glastonbury.
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