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Em novo álbum, Moby entrega o, até agora, melhor CD do ano


O tempo anda redefinindo a obra de Moby. O que era para ser uma regra a qualquer artista com um mínimo de dignidade, vira uma exceção na instigante discografia do músico.
Destroyed, seu mais novo trabalho, é um reflexo dos seus 45 anos de idade, abarcados por turnês, viagens e alucinações. O amadurecimento e a melancolia conjugam melodias eletrônicas que soam como orquestra para os ouvidos mais sensíveis.

Moby estourou de vez para o mundo com o maravilhoso disco Play, que inundou os comerciais, filmes, trailers e afins com suas músicas. Seu último e ótimo CD Wait For Me (2009) já apontava para essa linha reflexiva, como se viesse como redenção ao fraco e pseudo-animadinho Last Night (2008).

O título do novo trabalho vem de um anúncio luminoso em um terminal do velho aeroporto La Guardia, no Queens e nos reporta justamente a visão externa de Moby do mundo a da arte e em como isso é melodizado em seu trabalho. E o resultado é muito bom…

O cd abre com a psicodélica The Broken Places, passa pela épica Be the One, dialoga lindamente com uma áurea “Enya” em Rockets e vai fechando nas solares e etéreas Lacrimae e When You Are Old.
O mais interessante é perceber que a dramática das canções nos conduzem à universos paralelos mas criados em melodias eletrônicas. É como se o som de Moby nos elevassem à imagens e/ou sensações, Não a toa, o músico virou grife. Sua arte de tornar a música uma metalinguagem de si ganhou dimensões paradigmáticas. Ou você acha que o que o Kanye West faz com o seu Hip Hop não tem inspirações “Mobyanas”?
Com tudo isso, já é seguro dizer que Destroyed é, até aqui, o melhor álbum de 2011. Pela inventividade, pela sonoridade e pela forma como eleva a música ao status de exercício sensorial.

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