A editora Iluminuras traz a nova edição de O Livro dos Simulacros, do filósofo, professor de Leitura e Produção de Textos na Unicamp, pesquisador e tradutor Joaquim Brasil Fontes.
O livro foi lançado dia 01 de junho, na Livraria Pontes, em Campinas, e nasceu das anotações que o autor fez sobre a oralidade e a escrita, reflexões suas sobre a escrita como representação, e o leitor como imagem especular do autor.
Uma apologia à arte da escrita e da leitura, O Livro dos Simulacros, que já foi editado anteriormente. A primeira em uma edição em 1998, feita de maneira artesanal pelo autor, digitada, ilustrada e encadernada por ele mesmo e em 2000 uma outra edição, como um divertissement publicada por uma ONG de Santa Catarina, que comemorava a obra poética de Mallarmé. S
ua ideia inicial era voltada para a escrita como representação, para o leitor visto como imagem especular do autor e para o livro como objeto material e imaterial, mas que ao longo do processo de desenvolvimento se enveredou, segundo a apresentação, pela historicidade das escrituras e aproxima como estivesse sublinhando uma frase com um marcador de textos, os acasos da dedicatória, da epígrafe, da introdução, embora não faça jamais referência às conclusões, codificadíssimas desde a mais alta antiguidade.
Aos 80 anos o autor de mais de dez livros, premiado com o Jabuti 2008 pela tradução de Hipólito e Fedra. Três Tragédias (Iluminuras, 2007), em meio ao momento atual, lança um livro que trata de livros e a importância da leitura. Como Brasil Fontes aborda: “Ler, na acepção moderna do termo é, pois, uma metáfora, cujas raízes conhecemos apenas de modo aproximado: ela pode derivar, segundo especialistas, de expressões como ?????? ??????, ‘reunir (as letras) com os olhos’. De qualquer maneira, há na palavra Ler a presença do olho que anda ao longo da página, colhe signos e recolhe sentidos que vão sendo ajustados uns aos outros: ler é um verbo corporal“.
Com 104 páginas, ilustradas e um preço de R$59,00, O Livro dos Simulacros é um título que merece a atenção pela maneira de comungar a leitura como um almanaque de textos para se aprender “as boas maneiras” de ler.
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