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“Eu, Mãe” prorroga temporada na Casa Rio, em Botafogo

Dramaturga e atriz Cristina Fagundes fala de maternidade e da passagem do tempo em monólogo                                que é um registro documental dedicado às suas duas filhas.

 

Na cozinha real da Casa Rio, em Botafogo, no Rio de Janeiro, Cristina Fagundes encena o solo “Eu, Mãe”, uma peça-legado-de-amor, no qual documenta para suas duas filhas, por meio de uma câmera que representa o ponto de vista delas, seu assombro com a passagem do tempo e com a recente maternidade. Ao longo do espetáculo, a intérprete se dirige às suas filhas, do outro lado da tela, ao mesmo tempo em que compartilha com o público suas experiências pessoais e reflexões de mulher e mãe aos 43 anos de idade. A montagem segue em cartaz até 10 de outubro, às quartas e quintas, sempre às 20h.

Longe de ser mais uma peça sobre as dores e as delícias de ser mãe, Cristina, que também assina o texto e o dirige com Alexandre Barros e Daniel Leuback, vai além dos clichês e aborda com delicadeza e humor outras reflexões profundas e tocantes como a passagem dos ciclos da vida, o envelhecimento, a perda dos pais, os “eus” que deixamos para trás. Com uma encenação hiper-realista, que utiliza a cozinha como cozinha mesmo (a atriz inclusive passa um café ao longo da peça) e uma dramaturgia sem personagens, a artista abre a sua fala oferecendo ao público presente um chá de capim limão, como se estivesse realmente em casa. A partir daí vai contando ao espectador e registrando com a câmera para suas filhas, sua percepção da vida aos 43 anos de idade e mãe de duas meninas: Nina, de 5 anos, e Bruna, de 3 anos.

“É um espetáculo sobre maternidade, mas é também sobre amor, expectativas, do que esperamos da vida e do que ela nos traz. De quem somos e do que buscamos. É uma radiografia de um dos momentos mais intensos da vida de uma pessoa, que é quando galgamos um novo patamar do ciclo da vida e deixamos de ser filhos para virarmos pais, afirma Fagundes, Indicada ao Prêmio Shell de Melhor Direção e também ao Prêmio Cesgranrio de Melhor Autora pelo seu espetáculo “A Vida ao Lado”, de 2018.

Segundo a autora, a peça é uma conversa do presente com o futuro. É o sonho que toda mãe tem de continuar cuidando de suas filhas mesmo quando não estiver mais aqui. Em uma dessas mensagens direcionadas às filhas, por meio da câmera, a intérprete fala: “Eu quero que você, Nina, que hoje está com cinco anos, e que você, Bruna, que hoje está com três anos, possam, aí no futuro, me ver como eu sou hoje, no auge da saúde, da vitalidade. No auge da minha vida. E quero que assistam a essa gravação também quando tiverem quarenta e três anos de idade cada uma para que possamos por pelo menos uma vez na vida, num encontro único no tempo, ter a mesma idade. Eu queria ser amiga de vocês, ir caminhando junto com vocês, mas não posso, meu tempo é outro, eu vim primeiro. Então vamos fazer esse registro está bem? Esta cápsula do tempo.”

A encenação teatraliza elementos cotidianos, fazendo de um copo d´água que transborda, uma menção a uma tempestade de verão e caminha nessa fronteira sutil entre o que é teatro e o que é verdade. A própria atriz opera a luz do espetáculo, que é composta por diversas luminárias espalhadas pelo cenário. Há porta-retratos da família de Cristina compondo o ambiente e desenhos reais de suas filhas povoam as paredes. Em harmonia com essa encenação de registro autobiográfico, a trilha sonora é composta por músicas que marcaram a vida da intérprete, passando por Jimi Hendrix, Eric Clapton, Peter Gabriel, Allen Toussaint, Amy Winehouse, Eagles, U2, Pink Floyd, Sérgio Sampaio e Gonzagão, entre outros.

SINOPSE  

Criando uma espécie de peça-cápsula-do-tempo, a atriz encena e registra para suas duas filhas, por meio de uma câmera, todo seu assombro com a passagem do tempo e com a maternidade recente, para que elas assistam no futuro e compreendam como a mãe delas se sentia aos 43 anos de idade. Em diversos momentos da peça, a intérprete se dirige à câmera, como se conversasse com as filhas do outro lado da tela.

 

SERVIÇO

Eu, Mãe

Temporada: até 10 de outubro de 2019

Local: Casa Rio

Endereço: Rua São João Batista, 105 – Botafogo

Telefone: (21) 2148-6999

Dias: Quartas e quintas às 20h

Ingressos: R$50 (inteira) / R$ 25,00 (meia-entrada)

Classificação: 14 anos.

Duração: 60 minutos

 

FICHA TÉCNICA

TEXTO E ATUAÇÃO: Cristina Fagundes

DIREÇÃO: Alexandre Barros, Cristina Fagundes e Daniel Leuback

ILUMINAÇÃO: Fernanda Mantovani

CENÁRIO E ADEREÇOS: Alice Cruz e Tuca Benvenutti

FIGURINO: Flavia Espirito Santo

TRILHA SONORA: Cristina Fagundes e Gui Stutz

DESENHO DE SOM: Gui Stutz

PROGRAMAÇÃO VISUAL: Ivison Spezani

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Lyvia Rodrigues – Aquela que Divulga

REDES SOCIAIS: Tatiana Borges – Agência e-Plan

FOTOGRAFIAS: Renato Mangolin

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Cristina Fagundes

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Tamires Nascimento – Tem Dendê Produções

REALIZAÇÃO: Fagundes Produções Artísticas

IDEALIZAÇÃO: Cristina Fagundes

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