Luke Cage: O Blaxploitation da Marvel/Netflix – Ambrosia

Luke Cage: O Blaxploitation da Marvel/Netflix

Nova empreitada da Marvel/Netflix, Luke Cage traz a ambientação dos filmes Blaxploitation dos anos 70, que consistiam em filmes e séries que eram protagonizados e realizados por atores e diretores negros. Esse clima, feito em cima da música (que dá todo um tom ao longo da temporada), das gírias utilizadas pelos personagens e sem quase nenhum ator branco – fora alguns policiais que fazem figuração.

O Harlem é o centro de todas as atenções, desde os políticos, como a vereadora Mariah Dillard e seu primo, o grande traficante local Cornell Stokes, até a policial Misty Knight, que conhece o protagonista por acaso na boate de Stokes, a Harlem´s Paradise. Toda a trama se desenvolve a partir do momento que Luke Cage, que ganhou seus poderes de invulnerabilidade e força em um acidente na prisão, decide usá-los depois de uma tragédia pessoal.

O ator que faz Cage, Mike Colter, não passa toda a profundidade do seu personagem, sua tristeza e sua dor, mas consegue transmitir simpatia. O elenco de apoio tem bons atores, como Mahershala Ali (de House of Cards e 4400), que faz um Stokes com muita personalidade e a atriz Alfre Woodard (de Desesperate Housewives) que traz muita força em sua Mariah, aquele personagem que é tão bom, que faz você odiar a atriz.

A série tem alguns defeitos: os 13 capítulos poderiam ser reduzidos a 10 episódios, que tornaria a história mais dinâmica; as coreografias das lutas não são bem executadas, deveriam chamar a equipe que trabalhou na série do Demolidor; o roteiro tem problemas quanto na motivação do personagem, que parece que não avança.

O lado positivo da série foi a utilização dos nomes dos personagens do Universo Marvel feita pelos personagens, apesar de algumas vezes usarem sinônimos como o Monstro Verde ou o Cara do Martelo, finalmente podemos ouvir eles mencionarem nomes como Homem de Ferro e Capitão América, além de usarem referencias utilizadas nos filmes, como as Industrias Hammer. A presença de Stan Lee está lá, mas é bem discreta. A referencia do uniforme de Luke Cage é bem feita e engraçada. Já a presença do personagem de Rosario Dawson, Claire Temple, está virando o Nick Fury das séries Marvel/Netflix.

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