O mundo mágico da Disney, que há muito tempo encanta gerações com suas histórias cativantes e personagens icônicos, está enfrentando turbulências. O balanço corporativo relativo ao segundo trimestre, divulgado pela companhia nesta quarta-feira (9), revelou um prejuízo significativo de US$ 460 milhões (ou mais de R$ 2,2 bilhões na atual taxa de câmbio) entre abril e junho deste ano.
Esse cenário desafiador tem raízes em vários fatores, como a chamada “crise de criatividade” na produção de conteúdo e perda de identidade da empresa, que passou os últimos anos com foco em causas sociais e políticas que acabaram afastando parte do público.
O Problema da Bilheteria e Streaming
A Disney, conhecida por seus clássicos filmes animados e sucessos de bilheteria, tem enfrentado dificuldades em alcançar resultados expressivos nas bilheterias. Remakes de filmes clássicos e sequências de títulos, como “A Pequena Sereia” e “Indiana Jones”, não têm atingido o sucesso esperado. Ao mesmo tempo, o número de assinantes do serviço de streaming Disney+ tem diminuído, com quase 12 milhões de assinantes a menos no segundo trimestre deste ano. Essa queda é preocupante, considerando que o streaming é uma parte importante da estratégia de crescimento da empresa.
Novamente, muitos fãs dos Estúdios Disney, assim como da Marvel e Star Wars, reclamam do fato das produções mais recentes do conglomerado multimídia buscarem ‘lacrar’ com políticas afirmativas, deixando para segundo lugar a magia que as produções sempre trouxeram. Não que não seja importante buscar sempre integrar cada vez mais nossa sociedade multicultural, porém o que se vê na internet é muitos fãs reclamarem que a narrativa acaba muitas vezes ficando em segundo plano. Este sem dúdivas foi um dos muitos problemas que trouxeram a Disney de volta a uma posição mais conservadora com sua estratégia de conteúdo.
A Visão de Bob Iger
Apesar desses desafios, o presidente da Disney, Bob Iger, demonstrou otimismo em relação à trajetória de longo prazo da empresa. Ele afirmou que, apesar dos “ventos contrários no curto prazo”, tem uma “confiança incrível” na capacidade da Disney de se recuperar. Iger está liderando uma correção de rumo, após retornar ao comando da empresa. Agora, o foco da companhia é buscar lucratividade, deixando o crescimento em segundo plano.
Para aumentar a receita e o lucro, a Disney está considerando algumas estratégias. Uma delas é elevar o preço das assinaturas do Disney+ nos Estados Unidos, o que pode impactar também o resto do mundo. Além disso, a empresa está estudando a possibilidade de cobrar taxas maiores para o compartilhamento de telas, seguindo o exemplo da Netflix. Essas medidas fazem parte da busca por uma nova direção, liderada por Iger, que está determinado a enfrentar os desafios e restaurar o sucesso da Disney.
Vale aguardar as cenas dos próximos capítulos.
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